São Gonçalo do Sapucaí adota sistema de rodízio de água em meio à estiagem e contrato expirado com a Copasa
06/09/2024
(Foto: Reprodução) Cidade foi dividida em regiões e os bairros recebem água durante oito horas a cada intervalo. Rodízio teve início no dia 1º de setembro. São Gonçalo do Sapucaí adota sistema de rodízio de água em meio à estiagem
São Gonçalo do Sapucaí (MG) é a primeira cidade do Sul de Minas a enfrentar, oficialmente, um rodízio no abastecimento de água durante este longo período de estiagem neste ano.
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O rodízio, anunciado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) no dia 28 de agosto, teve início em 1º de setembro e segue uma escala de distribuição por bairros, conforme informado pela empresa.
A cidade foi dividida em regiões e os bairros recebem água durante oito horas a cada intervalo. A situação crítica das chuvas tem agravado a disponibilidade de água, resultando em escassez em algumas regiões por até dois dias.
São Gonçalo do Sapucaí adota sistema de rodízio de água em meio à estiagem e contrato expirado com a Copasa
Reprodução/TV Gazeta
A medida do rodízio foi adotada para garantir que toda a população receba água de forma alternada, mas a colaboração dos moradores, com a redução do consumo, é essencial para evitar uma crise ainda maior.
“É tentando fazer de uma maneira que ninguém fique sem água, mas se a pessoa não colaborar, não reduzir o gasto, evitar lavar carro, esse tipo de coisa, realmente vai faltar muita água, porque não chove”, afirmou a secretária de obras, Jurema de Jesus Caproni.
Além dos bairros da cidade, a zona rural também enfrenta dificuldades severas com a falta de água. O distrito de Ribeiros é um dos mais atingidos e recebe caminhões-pipa para suprir a demanda, já que o abastecimento normal não chega de forma eficiente à região.
A Prefeitura de São Gonçalo do Sapucaí afirmou que está em contato direto com a regional da Copasa em Varginha para garantir que serviços essenciais, como escolas e creches, continuem operando. Dois caminhões de água potável foram disponibilizados para atender essas unidades e algumas empresas.
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Contrato e licitação em debate
O contrato da Copasa com a Prefeitura de São Gonçalo do Sapucaí expirou e ainda não foi renovado. Por lei, uma nova licitação deve ser realizada para permitir que outras empresas concorram pelo serviço de abastecimento e saneamento básico.
A proposta de abertura do processo foi enviada ao Legislativo no primeiro semestre deste ano, mas não foi aprovada pela Câmara Municipal. Atualmente, a prefeitura estuda a criação de um novo projeto para encaminhar à Câmara.
Apesar do contrato vencido, a Copasa continua operando na cidade devido à essencialidade dos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto. A situação deve permanecer até que haja normalização das chuvas e um novo processo licitatório seja finalizado.
São Gonçalo do Sapucaí (MG)
Reprodução / EPTV
A Copasa informou que o rodízio foi comunicado à Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento (Arsae-MG) e que a continuidade do serviço visa garantir o bem-estar da população. A empresa também está adotando medidas emergenciais, como a perfuração de poços artesianos e o uso de fontes alternativas de captação, enquanto a estiagem persiste.
A normalização do abastecimento de água depende da recuperação dos níveis dos reservatórios, que só deve ocorrer com o retorno das chuvas.
À EPTV, afiliada Globo, a Câmara de Vereadores informou que o projeto de lei que autoriza o poder executivo a conceder a prestação de serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário do município foi apresentado no dia 21 de novembro de 2023 e rejeitado em reunião ordinária em 25 de agosto de 2024.
Após análises, segundo a Câmara, foi entendido que o texto, as informações faltantes e os valores constante no conteúdo eram insuficientes para sanar dúvidas pontuais para a aprovação do documento.
Ainda conforme a Câmara, houve a preocupação com as tarifas que aumentariam exponencialmente, o que poderia impactar diretamente no bolso da população mais vulnerável. O tema continua em discussões na Casa Legislativa.
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