Homem é condenado a mais de 18 anos de prisão por tentar matar filha recém-nascida em MG
12/06/2025
(Foto: Reprodução) O caso aconteceu em Santa Rita do Sapucaí. A promotoria destacou que o crime foi cometido de forma cruel e contínua, desde o nascimento da criança. Um homem de 28 anos foi condenado a 18 anos, 8 meses e 22 dias de prisão em regime fechado por tentar matar a própria filha, que na época do crime tinha apenas 29 dias de vida.
A denúncia foi feita pela 2ª Promotoria de Justiça de Santa Rita do Sapucaí (MG), e o julgamento aconteceu na última terça-feira (10), pelo Tribunal do Júri local. A promotoria destacou que o crime foi cometido de forma cruel e contínua, desde o nascimento da criança.
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O julgamento aconteceu na última terça-feira (10), no Tribunal do Júri de Santa Rita do Sapucaí (MG)
Milton Guimarães/EPTV
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, o réu foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado e tortura.
A promotoria comprovou que ele submeteu a bebê a agressões extremas, resultando em parada cardiorrespiratória e sequelas permanentes de ordem física, cognitiva, motora, sensorial e emocional.
Segundo o promotor Enzo Pravatta Bassetti, que atuou no julgamento, a defesa alegou que o réu apenas machucou a filha, sem intenção de matá-la.
No entanto, o Tribunal do Júri acatou a tese do MP e condenou o homem pelos crimes de tentativa de homicídio quadruplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e idade inferior a 14 anos; além de tortura, agravada pelo fato de ele ser o pai da criança.
O caso aconteceu em novembro de 2023. A mãe inicialmente afirmou que a filha havia caído do sofá, mas posteriormente revelou que o pai havia espancado a recém-nascida. Ela disse ter mentido por medo, já que foi ameaçada de morte, assim como a outra filha do casal.
A denúncia aponta que o homem se irritava com o choro da bebê e, no dia 5 de novembro, a espancou com socos na cabeça, chacoalhou-a, enrolou-a em um cobertor e a arremessou contra a parede. Ele só parou quando a criança perdeu a consciência.
A menina passou um mês na UTI e nove meses na enfermaria. Os médicos constataram afundamento craniano, fraturas e hematomas generalizados no crânio.
O homem está preso e não poderá recorrer em liberdade.
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